Nossa História

Criada pela atriz e artista visual Elaine Buzato e pelo músico e compositor Valter Silva, a Cia Tempo de Brincar apresenta um trabalho primoroso, unindo as artes
cênicas, visuais, a música, o teatro de animação e o cinema, com uma intensa produção, resultado de sua constante pesquisa no universo da infância e das
tradições populares de todo o Brasil.
Ao longo de sua trajetória, iniciada no ano de 2002, a Cia Tempo de Brincar vem construindo em seu trabalho artístico um refinamento estético e uma
linguagem singular, carregando na bagagem um repertório de mais de 10 espetáculos cênico musicais, além de 6 CDs com canções e histórias autorais,
e 2 DVDs com clipes e curta metragem de ficção, e webséries.
A Cia lançou os Cds Cafuné ( 2020), Ciranda dos Orixás (2017), DVD Varal de Memórias (2015), o CD Cantigas de Amor para um Coração Pequeno (2011), o DVD
Tempo de Brincar (2008) e os CDs: Histórias do Brasil (2006), Histórias Folias e Cantigas de Natal (2004) e Tempo de Brincar (2003)

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Dramaturgia, interpretação, flauta transversal, bonecos, cenários, figurinos e ilustrações. Formada em Desing (UNESP – Bauru), estudou teatro com Ilo Krugli no Teatro VentoForte e danças e percussão brasileiras no Teatro Brincante, incorporando em seu trabalho, a linguagem do teatro popular e dos ritmos brasileiros. Pesquisa a cultura popular infantil nas suas relações lúdica e estética aplicadas à linguagem do Narrador e Guardador de Histórias.
Na área das artes visuais, se especializou em Arte naïf, criando os bonecos, adereços, cenários e figurinos para os seus espetáculos e para as animações do DVD, e ilustrando os CDs e materiais gráficos do grupo.

Somos em comum. E brincamos de existir.
Era uma vez dois corações, que se fizeram um, na vontade de tecer sonhos, poesias e delicadezas. Desses dois poetas, nasceram outros sentidos para o que estava dormente. A memória e todos os seus tempos conjugados, vivamente materializaram-se em canções e texturas, múltiplas e coloridas.
Com um sopro de arte, retomou-se o fazer das mãos em costuras, crochês, fuxicos, papéis, tintas e barro, numa volta à mãe terra e à função do artesão: povoar o mundo de nascimentos.
De um gesto inspirado, desbravaram-se espaços para o corpo e sua inteireza: tatear, pular, cantar, correr, dar as mãos em ciranda, transformar materiais, narrar, ouvir, brincar.
Mais do que nunca, é urgente um Tempo de Brincar, pois, atordoado pelo excesso de aparatos tecnológicos, o corpo adoece, esquece-se do outro, abandona o passado e cultua o momentâneo, que provoca o descarte contínuo das tradições, dos objetos e da relação entre os sujeitos.
É preciso não perder de vista o que já fomos. É primordial continuar a imaginar, a fabular, a temer assombros e contar histórias. É importante deixar a criança que um dia houve resistir em nós. É essencial não perder a capacidade de se espantar diante de coisas minúsculas e maiúsculas: das formigas às cigarras, dos vagalumes à passagem do tempo, da vida à morte. Tudo deve ser assustadoramente belo, porque só assim aprenderemos o respeito que devemos ao que habita o mundo: seres reais e imaginados, bichos e gente.
A memória é o vínculo com o nosso passado, a explicação de nosso presente e a esperança para qualquer futuro. Os objetos artesanais, as cantigas, as narrativas, as artes, as crenças, as práticas cotidianas e as brincadeiras são a forma pela qual nos enlaçamos, fraternal e poeticamente. Somente pelo entendimento destes vínculos é que nos reconhecemos como pertencentes a uma cultura e um tempo.
O trabalho da Cia Tempo de Brincar propicia uma experiência: viajar em muitos tempos, congregados em um tempo para brincar e para ser, verdadeiramente: um pouco de nossos avós, pais, irmãos, filhos e amigos. Somos em comum. E brincamos de existir.

Miriam Cris Carlos

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